Nova estratégia para o short sea shipping
Até ao fim deste ano, deverá sair uma nova estratégia para o short sea shipping e para o transporte marítimo internacional.
O transporte marítimo foi analisado no 15.º Congresso Nacional de Transitários, organizado pela Associação dos Transitários de Portugal (APAT), que decorreu em Monte Real nos dias 9 e 10 de outubro. No painel que discutiu a temática contavam-se Isabel Ramos, Óscar Burmester e Pedro Galvão. Nele foi discutido de forma específica, a componente da curta distância, o denominado short sea shipping. A primeira a falar sobre o tema foi Isabel Ramos, em representação da APTCMD, a associação que promove o transporte marítimo de curta distância.
Isabel Ramos lembrou que o Reino Unido, a Itália e a Holanda são os países onde o short sea shipping têm maior representatividade e que o Mar Báltico é a região com maior quota, com disse, muito devido à movimentação de granéis líquidos. E salientou que o Livro Branco dos Transportes de 2011 insiste na mudança de modos e na redução de emissões de CO2, potenciando alternativas à rodovia, entre elas o short sea shipping.
Recordou que este ano se juntaram todas as associações europeias ligadas ao shipping e ao setor portuário e marítimo, comunicando à Comissão Europeia que algo tem que ser feito em relação ao transporte marítimo, realçando que o short sea shipping não está a ser devidamente aproveitado e impulsionado. No entanto, acrescentou que até ao fim deste ano, deverá sair uma nova estratégia para o short sea shipping e para o transporte marítimo internacional. E as agências “vão continuar a bater o pé porque entendem que as auto-estradas do mar ajudam à competitividade do transporte marítimo”, concluiu, mostrando que o transporte marítimo de curta distância é ator a ter em muito boa consideração neste desígnio da interoperabilidade.
Paulo Paiva, presidente da direção da APAT, esteve na abertura do Congresso. Entre o muito que falou abordou o tema atual e que gera alguma apreensão junto do setor que são as alterações impostas pela Convenção SOLAS que exigirão, já a partir de julho de 2016, a pesagem certificada dos contentores, para a qual diz não estar elaborada regulamentação nacional. Além de que, recordou Paulo Paiva, “não se sabe quem terá competência para legislar ou competência para controlar”.
Outro dos painéis do Congresso abordou o tema da internacionalização. Maria João Gomes, do AICEP, considera que a diversificação de mercados muito importante para o país. “Embora o crescimento nas exportações continue consistente, muitas empresas não conseguirão crescer mais sem parceiros, porque sozinhas não têm capacidade”, evidenciou. Acrescentou que as empresas portuguesas têm dimensão reduzida e que a exportação portuguesa de concentra muito num reduzido número de empresas.
Quanto mercados, admitiu que por vezes, mercados que parecem mais fáceis, como os de língua portuguesa, podem tornar-se mais difíceis.
Acerca de Portugal e das suas potencialidades, destacou que o país pode e deve afirmar-se como um hub logístico, devido à nossa localização geográfica privilegiada. “Somos cada vez mais fortes nos portos e no segmento aéreo e espero que venhamos a ser também na ferrovia".
O transporte marítimo foi analisado no 15.º Congresso Nacional de Transitários, organizado pela Associação dos Transitários de Portugal (APAT), que decorreu em Monte Real nos dias 9 e 10 de outubro. No painel que discutiu a temática contavam-se Isabel Ramos, Óscar Burmester e Pedro Galvão. Nele foi discutido de forma específica, a componente da curta distância, o denominado short sea shipping. A primeira a falar sobre o tema foi Isabel Ramos, em representação da APTCMD, a associação que promove o transporte marítimo de curta distância.
Isabel Ramos lembrou que o Reino Unido, a Itália e a Holanda são os países onde o short sea shipping têm maior representatividade e que o Mar Báltico é a região com maior quota, com disse, muito devido à movimentação de granéis líquidos. E salientou que o Livro Branco dos Transportes de 2011 insiste na mudança de modos e na redução de emissões de CO2, potenciando alternativas à rodovia, entre elas o short sea shipping.
Recordou que este ano se juntaram todas as associações europeias ligadas ao shipping e ao setor portuário e marítimo, comunicando à Comissão Europeia que algo tem que ser feito em relação ao transporte marítimo, realçando que o short sea shipping não está a ser devidamente aproveitado e impulsionado. No entanto, acrescentou que até ao fim deste ano, deverá sair uma nova estratégia para o short sea shipping e para o transporte marítimo internacional. E as agências “vão continuar a bater o pé porque entendem que as auto-estradas do mar ajudam à competitividade do transporte marítimo”, concluiu, mostrando que o transporte marítimo de curta distância é ator a ter em muito boa consideração neste desígnio da interoperabilidade.
Paulo Paiva, presidente da direção da APAT, esteve na abertura do Congresso. Entre o muito que falou abordou o tema atual e que gera alguma apreensão junto do setor que são as alterações impostas pela Convenção SOLAS que exigirão, já a partir de julho de 2016, a pesagem certificada dos contentores, para a qual diz não estar elaborada regulamentação nacional. Além de que, recordou Paulo Paiva, “não se sabe quem terá competência para legislar ou competência para controlar”.
Outro dos painéis do Congresso abordou o tema da internacionalização. Maria João Gomes, do AICEP, considera que a diversificação de mercados muito importante para o país. “Embora o crescimento nas exportações continue consistente, muitas empresas não conseguirão crescer mais sem parceiros, porque sozinhas não têm capacidade”, evidenciou. Acrescentou que as empresas portuguesas têm dimensão reduzida e que a exportação portuguesa de concentra muito num reduzido número de empresas.
Quanto mercados, admitiu que por vezes, mercados que parecem mais fáceis, como os de língua portuguesa, podem tornar-se mais difíceis.
Acerca de Portugal e das suas potencialidades, destacou que o país pode e deve afirmar-se como um hub logístico, devido à nossa localização geográfica privilegiada. “Somos cada vez mais fortes nos portos e no segmento aéreo e espero que venhamos a ser também na ferrovia".

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