Cabo Verde quer novo terminal para ter 75 mil passageiros em 2020
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| (ilustração: Rogério Soulé) |
O grande objetivo estratégico é o de manter e desenvolver Cabo Verde como um atrativo destino de cruzeiros, pelo investimento no desenvolvimento de um terminal de cruzeiros e desenho de um programa para desenvolvimento do destino de cruzeiros, como parte da política de Cabo Verde de aumento sustentável dos ganhos com o Turismo. Nos objetivos específicos, pretende contribuir para o crescimento do movimento de cruzeiros em São Vicente e Santo Antão, estimular a economia local, proporcionar mais negócios e empregos e proceder à regeneração do existente espaço urbano-portuário.
Este ano passado, até à altura da apresentação deste projeto, o Porto da Praia Grande teve já 60 escalas de navios de cruzeiro, que se traduziram em 42,3 mil turistas. Um número que quase duplica os 22,1 mil passageiros de 2008, então com 31 escalas. Os dados estatísticos evidenciam um crescimento contínuo e sustentado.
As perspetivas apontam para que o crescimento continue e que o porto de Mindelo atinja os 75 mil passageiros em 2020 e o dobro em 2030
Rogério Soulé aponta no levantamento feito acerca da satisfação do passageiro que visita o Porto Grande as seguintes opiniões: “Mindelo é um destino OK. O número e a qualidade dos autocarros é insuficiente”; “o número de guias que falam alemão podia ser melhorado e outras atracções turísticas deviam ser desenvolvidas”; “o porto oferece muito pouco aos passageiros para ver e fazer. As capacidades de excursão em terra não estão à escala de lidar com navios maiores (2.000 passageiros)”; “a expetativa dos hóspedes é geralmente excedida em Cabo Verde. O destino é percebido como seguro, autêntico e virgem. Quanto mais pequenas as ilhas, mais seguro o destino parece”; “a área à volta do porto parece um pouco “descuidada”, por isso, é necessário um autocarro até a cidade”; “é uma boa paragem e dá uma boa impressão das ilhas”; e “Santo Antão que é ao lado, é um dos lugares que geralmente visitamos”.
O orçamento previsto para o novo terminal é de 32 milhões de euros, sendo 27 milhões de euros para infraestruturas marítimas; 1, 5 milhões de euros para a gare de acolhimento de passageiros e infraestruturas terrestres; 1 milhão de euros para procurement, projetos e 2,5 milhões de euros para estudos e custos financeiros.
Rogério Soulé acentua que os dados e a expetativa das análises feitas indicam que sem infraestruturas adequadas, o mercado de cruzeiros pode estagnar ou mesmo diminuir nos próximos anos. E, para se competir no mercado internacional diz ser preciso oferecer serviços de qualidade para escalas de trânsito e “turn-around”.

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