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"Golden Kathrine" estabelece recorde em Moçambique

O Porto de Maputo, em Moçambique, registou nesta segunda quinzena de março a escala do maior navio a atracar num porto moçambicano. Tratou-se do "Golden Kathrine", registado em Hong Kong, um navio graneleiro construído em 2015, de 292 metros de comprimento, um TAB de 93.237 toneladas, e que pode carregar até 80.000 toneladas de carga a granel.


(foto: Sea Team)
O navio esteve atracado no cais 10 onde carregou minério de crómio e níquel concentrado, duas cargas minerais em trânsito com origem nos países vizinhos.


Um comunicado do Porto de Maputo complementa que a dragagem de aprofundamento ao canal de acesso ao Porto, para -14.2 metros, que tem início marcado para maio deste ano, irá fazer com que este tipo de navios sejam frequentes na baía de Maputo. O projeto de dragagem visa permitir o acesso ao porto de navios de porte até 80.000 toneladas, tornando o Porto de Maputo mais competitivo nos mercados regional e internacional.

O Porto de Maputo foi concessionado pelo Governo moçambicano à Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo em 2003 e ganhou nova dinâmica em 2008 quando a Grindrod e a DP World adquiriram a maioria das ações da Portus Indico, o maior acionista, com 51%, e patrocinador do projeto.

A referida concessionária do porto é uma empresa privada moçambicana que resulta da parceria entre os Caminhos de Ferro de Moçambique, a Grindrod, a DP World e a Mozambique Gestores.

Este passo permitiu que desde a concessão tenham sido implementadas melhorias na gestão, operações, modernização e competitividade do porto, bem como na melhoria das relações institucionais com o Governo de Moçambique e outros parceiros relevantes.

O executivo de Moçambique aprovou a extensão da concessão em 2010, por um período adicional de 15 anos, que se prolonga até 2033, com o intuito de viabilizar a implementação total do plano diretor do porto.

A dragagem do canal de acesso ao Porto de Maputo foi concluída em 2011 e permitiu a implementação do plano diretor, ao permitir que o porto passasse a receber navios de até 65.000 toneladas.

A empresa tem os direitos de financiamento, reabilitação, construção, operação, gestão, manutenção, desenvolvimento e otimização de toda a área de concessão. Tem igualmente o poder de autoridade portuária, sendo responsável pelas operações marítimas, reboque, estiva, operações nos terminais e armazéns, bem como planeamento e desenvolvimento portuário.

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