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Navio de guerra via recife na ilha do Porto Santo

(foto: Tito Neves)
Depois de cumprir muitas missões pelos mares do mundo a corveta “Pereira D’Eça”, da Marinha Portuguesa, vai ao fundo. Isso mesmo vai acontecer no próximo dia 13, pelas 13 horas, ao largo da ilha do Porto Santo, no arquipélago da Madeira, em Portugal.

As manobras de posicionamento deverão ter início pelas 7 horas, com o envolvimento de dois rebocadores dos Portos da Madeira.
Nesta altura, a equipa especializada da Marinha já prepara o navio para a colocação dos explosivos de corte, sem onda de impacto e sem danos para a vida marinha existente na área.

(foto: Tito Neves)

Após o afundamento, os primeiros mergulhos só serão autorizados, assim que terminarem os trabalhos de estabilização do navio no fundo do oceano, e após uma verificação minuciosa da Marinha Portuguesa.
A estabilização da corveta Pereira D’Eça será efetuada recorrendo a dois ferros e duas poitas, colocadas à proa e avante, cada uma com sete toneladas.

(foto: Tito Neves)
O local selecionado para a implantação do recife artificial situa-se na zona costeira da ilha do Porto Santo, entre o Porto de Abrigo, a oeste, e o Ilhéu de Cima, a leste. Ficará na Área Marinha Protegida deste ilhéu, pertencente à Rede de Áreas Marinhas Protegidas do Porto Santo, entre as batimétricas dos 28 e dos 30 metros de profundidade, assente sobre uma área de substrato arenoso entre as seguintes posições geográficas: proa (33º 02,778’N 016º 18,118’W); popa (33º 02,880’N 016º 18,016’W); posição de meio navio (33º 02,827’N 016º 18,056’W).”
A corveta foi cedida pelo Governo da República Portuguesa à Região Autónoma da Madeira, que também é da República.
A concretização da instalação de um recife artificial no Porto Santo, mediante o afundamento da corveta, foi precedida da realização dos estudos técnicos e ambientais inerentes à concretização deste tipo de operação.
Uma etapa fundamental da preparação do navio consistiu na respetiva limpeza e remoção de materiais nocivos, com o objetivo de evitar quaisquer repercussões ambientais negativas.
Para a secretária regional do Ambiente e Recursos Naturais, Susana Prada, o Porto Santo ganhará do ponto de vista turístico e económico uma vez que aumenta e diversifica a sua oferta na área do mergulho.
Susana Prada não tem dúvidas que, para além, da oferta ao nível do turismo de lazer, a criação deste recife artificial “constitui também uma forma de aumentar a quantidade de peixes na área, pois fornece refúgio à fauna marinha, favorecendo a sua atividade reprodutiva e funcionando como um berçário dos juvenis”.

(foto: Tito Neves)

Antes do seu afundamento, a Corveta Pereira D’Eça poderá ser visitada este sábado, das 14:00 às 17:30, no Porto de Abrigo do Porto Santo, mediante inscrição prévia, que poderá ser feita nas instalações do Instituto de Florestas e Conservação da Natureza, localizadas na marina do Porto Santo.
A corveta junta-se ao emblemático cargueiro “Madeirense” também afundado propositadamente no mar do Porto Santo.

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