Viking River Cruises leva americanos no novo Viking Osfrid

(foto: Douro Azul)

O 11.º navio de cruzeiros fluviais da empresa portuguesa Douro Azul, “Viking Osfrid”, inaugurado este mês pela ministra do Mar, Ana Paula Vitorino, fez esta terça-feira uma viagem pelo rio Douro com mais de 100 norte-americanos. Uma viagem que partiu do cais de Gaia, onde regressa oito dias depois de viajar até Barca D’Alva, zona onde termina o Douro navegável em Portugal, com passeio em Salamanca, Espanha, e depois o percurso inverso parando por diversos pontos do Douro, como Lamego, Vila Real, Pinhão, Pocinho ou Régua.


A empresa de cruzeiros fluviais do rio Douro investiu neste novo navio, construído pela West Sea, 12 milhões de euros. É a primeira embarcação construída pela empresa desde que a Martifer assumiu a subconcessão dos estaleiros de Viana do Castelo, no norte de Portugal.

O Viking Osfrid, construído em nove meses, foi concebido para navegar no rio Douro, entre o Porto e Barca d’Alva, precisamente em cruzeiros de oito dias. No navio foram utilizadas 650 toneladas de aço, cinco toneladas de vidro, cerca de 15 quilómetros de tubos, oito mil litros de tinta e 150 quilómetros de cabos de cobre.

Este navio, tal como os demais "Viking" da Douro Azul, estão a ser operados até 2020 pela Viking River Cruises.

O Viking Osfrid é muito semelhante aos dois navios que a DouroAzul pôs ao serviço em março de 2014. Tem 79 metros de comprimento e capacidade para 106 passageiros que podem ficar nas 53 luxuosas cabines e suites.

Utiliza a mais moderna tecnologia em termos de propulsão, de navegação e também ao nível da eficiência energética.

Inovações

Uma das principais inovações do navio reside no formato inovador da proa onde existe uma ampla área de estar, o “Aquavit Terrace”, uma zona de lounge com um sistema inovador de paredes de vidro deslizantes que permitem criar um espaço confortável ‘indoor/outdoor’, onde os clientes podem desfrutar de uma refeição, relaxar e usufruir da beleza do Douro.

O bar/lounge e o restaurante dispõem de janelas do chão até ao teto, permitindo uma vista panorâmica.

Por sua vez, o “sun deck” dispõe de piscina aquecida e de um jardim de ervas orgânicas e painéis solares, para produzir energia elétrica.

A Douro Azul

A Douro Azul, a maior operadora de cruzeiros fluviais em Portugal, passa operar com um 11 navios de cruzeiros fluviais no rio Douro, com uma oferta de quase 1.300 camas.

A sua frota inclui ainda três barcos rabelo para passeios entre as pontes da cidade do Porto, dois iates de luxo e um navio, o “Trafaria Praia”, um antigo cacilheiro que a artista portuguesa Joana Vasconcelos levou à Bienal de Veneza em 2013, em Itália, e que realiza cruzeiros no rio Tejo, em Lisboa.

Como nota adicional, podemos referir que a holding, na qual está integrada a Douro Azul, a Mystic Invest, tem ainda outra empresa que opera noutros rios do mundo, depois de adquirir em 2015 a alemã “Nicko Cruises”. Com esse investimento, o grupo do empresário português Mário Ferreira, passou a ser um dos maiores europeus no segmento de cruzeiros fluviais. A Nicko opera 19 navios em 12 países e três continentes.

Este reforço deverá permitir à Mystic Invest ultrapassar este ano uma faturação de 100 milhões de euros, depois de ter faturado 36 milhões no ano passado.